Nessa semana a ANVISA emitiu um alerta sobre um novo “superfungo” e o primeiro caso é de um paciente internado com Covid-19! Vamos entender melhor o que é esse “superfungo” e quais são os riscos relacionados ao Covid-19.
Essa nova ameaça a saúde pública é um “superfungo” fatal, ele possui alta resistência aos medicamentos. O fungo se chama Candida auris ou C.auris.
Então, diante dessa ameaça a ANVISA emitiu um comunicado de risco com as medidas e ações que os hospitais devem tomar para impedir a disseminação e controlar esse fungo. Para conferir esse Comunicado de Risco é só clicar aqui.
Primeiro caso do “superfungo” no Brasil
O primeiro caso desse fungo foi identificado no Japão em 2009. Agora aqui no Brasil o primeiro caso notificado na Bahia. No dia 7 de dezembro de 2020. Segundo relatos a comprovação do fungo, foi feita após dois laboratórios diferentes examinarem a amostra.
Esse paciente contaminado está internado em um hospital particular na Bahia. Segundo as informações esse paciente está na Unidade de Terapia Intensivo, internado com Covid-19.
Aliás, para se ter ideia do alto risco oferecido por esse fungo, sua taxa de letalidade é de cerca de 60%! Até o momento não se tem nenhuma informação sobre o paciente em questão.
Segundo o médico infectologista, responsável pela Diretoria da Vigilância Epidemiológica da Bahia, o Dr. Antônio Bandeira. O fungo teria sido encontrado em um cateter do paciente. Mas infelizmente eles ainda não podem confirmar se esse é o primeiro paciente realmente.
Como o “superfungo” foi identificado?
Segundo o médico infectologista, o fungo teve analise realizada na microbiologia do hospital. Como acharam as características do fungo diferente no painel semi-automatizado, decidiram encaminhar a amostra para o Laboratório Central do Estado e lá confirmaram o fungo.
Após essa confirmação, essa mesma amostra foi enviada para o Laboratório da Faculdade de Medicina de São Paulo que retornou a ANVISA com a confirmação para o fungo Candida auris.
Mas mesmo diante dessas confirmações. Ainda é necessário realizar novos testes para verificar a resistência e a sensibilidade do fungo aos medicamentos. O Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina ainda irá realizar o sequenciamento genético do fungo.
Quais medidas estão sendo tomadas para evitar o avanço?
O Dr. Antônio Bandeira o hospital está tomando medidas de higienização mais extremas. Já que esse tipo de fungo pode ser transmitido entre superfícies. Além do contato humano.
Assim, a unidade médica não ficará interditada. Pois, precisa de evidências maiores relacionadas a infecção pelo fungo.
Com toda a certeza esse fungo se difere dos demais. Isso porque, a transmissão acontece de pessoa para pessoa. O que não é comum na maioria dos outros tipos de fungos.
A transmissão por contato torna o risco de contágio desse “superfungo” muito elevado. Além disso, ainda há o risco da contaminação pelo contato das superfícies contaminadas.
Alerta máximo em relação às medidas para prevenção do “superfungo”
A ANVISA avisa que esse fungo o Candida auris tem uma resistência muito alta aos medicamentos antifúngicos, que são usados para tratar infecções. Então, esse tipo de fungo pode causar infecção na corrente sanguínea, além de outras infecções ainda mais invasivas.
Aliás, em pacientes com comorbidades, ou seja, doenças pré-existentes o risco de virar uma infecção fatal é muito maior. O alerta foi realizado já que o risco de surto é muito alto!
O fungo é de difícil identificação através de métodos laboratoriais de rotinas. Além disso, a descontaminação do ambiente também não é tão simples. Já que o mesmo pode permanecer no local por semanas ou até meses! Sem falar na alta resistência aos desinfetantes. Mesmo os com base de quaternário de amônio.